Para comemorar o Dia do Advogado Trabalhista, no dia 20 de junho, o Machado Silva & Palmisciano entrevistou um de seus sócios, Bruno Moreno Carneiro Freitas. Através dele celebramos e reconhecemos o papel fundamental que temos na defesa dos direitos dos trabalhadores, na busca por igualdade e na pacificação de conflitos nas relações de trabalho.
Mestre em Direito e Sociologia, com ênfase nas Relações de Trabalho, e especialização na Cândido Mendes em Direito e Processo do Trabalho, Bruno Moreno começou na Machado Silva & Palmisciano como estagiário, em 2007, um ano antes de se formar em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É hoje, 17 anos depois, pela experiência e dedicação, integrante fundamental da equipe do escritório, trabalhando em duas frentes: Direito do Trabalho e Direito Administrativo, em especial o relacionado ao regime de pessoal.
Na área de educação federal, Bruno, com outros colegas, acompanha o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II – auditores-fiscais da ativa, pensionistas e aposentados. Atua nas ações coletivas do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro e também no Sindicato dos Engenheiros, em ações individuais e coletivas.
Um dos processos que ele destaca como trabalho de equipe do MS&P foi o reconhecimento da legitimidade do atual Sindicato dos Rodoviários/RJ. “Uma vitória importante para a categoria e para o nosso escritório, com processo político envolvido, inclusive com a presença da Polícia Militar”, destaca.
Aos 41 anos, Bruno Moreno comemora uma de suas últimas conquistas: defender, em ações coletivas do SINTRACE-RJ, os profissionais de arbitragem esportiva. Acompanhe abaixo a entrevista com esse dedicado profissional feita em várias etapas, entre um cliente e outro.
“O grande valor do MS&P é o seu corpo de sócios e funcionários, pois são qualificados e jovens, com excelente capacidade de trabalho”.
Como você chegou ao Direito? Pensou em outra profissão?
BRUNO MORENO – Desde muito jovem tinha na minha cabeça fazer Direito, mas efetivamente, quando fiquei mais velho, o que me levou ao Direito foi gostar das Ciências Humanas – política, história, geografia, etc.
Foi um ótimo, bom ou razoável aluno?
BRUNO MORENO – Fui um aluno muito bom no colégio e um aluno dentro da média na faculdade.
Alguns professores foram decisivos na escolha por uma área do Direito?
BRUNO MORENO – Na realidade não. A maior influência para trabalhar com Direito do Trabalho foi o debate sobre Direito Coletivo e Direito Sindical no Centro Acadêmico e na participação na militância estudantil.
Bruno na militância estudantil, no início do século 21 / ARQUIVO PESSOAL
Qual é o processo mais relevante em que você está envolvido no momento? BRUNO MORENO – A organização da execução coletiva de uma ação movida pelo Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II para que não houvesse mais desconto da contribuição previdenciária sobre as férias. É uma ação com grande número de beneficiados – mais de 300 – e que vai envolver esforços e organização para garantir que a execução seja célere e sem riscos.
Na sua experiência recente, quais foram os principais desafios enfrentados e como você e sua equipe lidaram com eles?
BRUNO MORENO – As execuções individuais de processos coletivos, pois tivemos que ajuizar, em curto período de tempo, mais de 200 novas ações e fazer o acompanhamento dos prazos e manifestações posteriormente.
Com os colegas da Machado Silva & Palmisciano.
Em sua opinião, quais são as tendências ou mudanças mais significativas na área jurídica atualmente? Como essas mudanças impactam o trabalho cotidiano do escritório e seus clientes?
BRUNO MORENO – As mudanças mais significativas são relativas às novas tecnologias digitais, que transformam, constantemente, a forma de trabalho do advogado e com relação ao Direito do Trabalho, uma constante postura do Supremo Tribunal Federal de afastar paradigmas já enraizados na jurisprudência e doutrinas juslaborais.
As novas tecnologias permitem uma condensação ou compressão com relação ao trabalho do advogado, o que contribui para o ajuizamento de um número maior de demandas, mas com pior qualidade. Assim como decisões judiciais, pareceres, etc.
Já o STF vem desempenhando desde 2013 um papel reformador informal do Direito do Trabalho de forma absolutamente favorável aos empregadores e contra os empregados.
Ao longo da sua carreira, quais foram os aprendizados mais valiosos que moldaram a sua abordagem profissional?
BRUNO MORENO – Sem dúvida, o trabalho com advogadas mais experientes e com excelência em seu trabalho. Com a dra. Sayonara Grillo, aprendi muito com relação ao conhecimento de Direito e Processo do Trabalho, e também do Direito Administrativo. Já com a dra. Gisa Nara Machado Silva, com quem trabalho desde 2007, além do conhecimento especialmente com relação a plano de cargos e salários, a relação com os sindicatos e categoria, postura para realização de sustentações orais e audiências judiciais.
O que você lê para ficar bem atualizado?
BRUNO MORENO – Leio sites e perfis especializados em Direito, e também as notícias nos sites dos tribunais e artigos em alguns portais. Entre eles, o Atualização Trabalhista, no IG; perfis do TST, TRTs e STF; Migalhas e Consultor Jurídico.
Qual conselho você daria a advogados mais jovens ou aqueles que estão ingressando na profissão com base em sua própria jornada e experiência?
BRUNO MORENO – Ler bastante, claro. Mas também trabalhar a oratória, a forma como conversar com os clientes e treinar. Saber fazer a diferenciação sobre qual processo depende de mais dedicação e detalhamento nas petições, evitando gastar muito tempo de trabalho onde não seria necessário, e utilizando parte deste tempo que deve ser empregado em processos mais complexos.